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Desempenho da Deca e Hydro deve melhorar após resultado fraco no 1ºtri


Destaques negativos no 1º trimestre, as divisões Deca e Hydra, da Duratex, devem apresentar recuperação nos próximos meses, devido à melhora no cenário macroeconômico e o impacto menor dos efeitos de sazonalidade.

Em relatório assinado pela equipe de analistas, a Guide Investimentos aponta que o resultado da Deca foi inferior ao do primeiro trimestre de 2017 devido à recuperação ainda lenta da construção civil, cenário competitivo acirrado, mix concentrado em produtos de menor valor agregado e custos elevados. “Nossa expectativa é de recuperação dos negócios Deca tanto em volumes, quanto em mix, nos próximos meses do ano. Vale mencionar que o primeiro trimestre tende a apresentar efeitos de sazonalidade, tais como menor número de reformas, dias úteis e temperatura mais alta, o que impacta negativamente a venda de chuveiros elétricos”, avalia a Guide.

No entanto, atualmente, o nível de ocupação da Deca está na casa dos 55% em louças e 83% em metais, evidenciando uma ociosidade muito alta. O volume de vendas das duas marcas, por sua vez, caiu de 6,8 mil unidades nos primeiros três meses de 2017, para 6,26 mil no mesmo período deste ano. Já a receita líquida teve uma queda de 2,6% na comparação anual, atingindo R$ 334 milhões no primeiro trimestre de 2018.

O diretor administrativo, financeiro e de relações com investidores, Carlos Henrique Haddad, também atribuiu ao ciclo da construção civil o desempenho negativo da Deca neste trimestre. “Vimos uma menor expedição da empresa em louças sanitárias e chuveiros, ao mesmo tempo em que aumentou, em reais, o custo das principais commodities”, afirmou em teleconferência.

Já o presidente da Duratex, Antonio Joaquim de Oliveira, ressaltou que a Deca passou por um trimestre de números preocupantes, mas atenuou o problema, dizendo que a Duratex pode recuperar isso “rapidamente”. “Louças estão com ocupação na casa dos 55%. Colocamos um novo vice-presidente encarregado da Deca e temos vários planos em andamento para enfrentar esse mercado desafiador. Precisamos ter um mix mais fortalecido e aumentar a ocupação de louças”, defendeu em teleconferência com analistas.

Apesar do impacto negativo dessas divisões, a Duratex teve um lucro líquido de R$ 30,8 milhões no primeiro trimestre de 2018, revertendo prejuízo de R$ 7,5 milhões um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado e recorrente foi de R$ 224,9 milhões, um crescimento de 16,6% na mesma base. Já a receita líquida fechou o trimestre em R$ 1 bilhão, alta de 5,7% sobre o desempenho do primeiro trimestre de 2017.

Madeira em alta

Para a Guide, o maior volume de vendas, o aumento de preços bem-sucedido e o bom desempenho de custos no 1º trimestre garantiram o sucesso dos negócios de madeira da empresa. “O resultado reflete o impacto positivo na Divisão Madeira, impulsionado por maior volume de vendas tanto no mercado local quanto no exterior. O aumento de preços nos painéis de madeira, implementado no começo do ano, e uma estrutura de custos eficiente também contribuíram para esse resultado.”

Segundo o trader da H. Commcor, Ari Santos, a visão do mercado sobre o balanço foi positiva porque houve uma melhora dos números gerais do balanço. “Os investidores esperam que a companhia consiga reduzir a sua alavancagem com a venda de ativos para a Suzano”, explica.

A ação da Duratex subiu 0,47% nesta quarta-feira (02), para R$ 10,75, enquanto o principal índice de referência da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, registrou uma forte queda de 1,82%.

 

Fonte: DCI Diário Comércio Indústria & Serviços (07/05/2018)



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