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Câmbio favorável estimula indústria cerâmica a exportar mais


A mudança de patamar do câmbio abre nova perspectiva para o comércio exterior do país. A melhora da balança comercial pode significar um respiro para a economia brasileira diante do enfraquecimento do mercado interno. Os resultados mais positivos do comércio exterior já ficaram evidentes no ano passado.

E a expectativa do setor em geral é que mesmo com o mercado interno em queda, é que para os próximos meses, haja uma reação positiva e o consumidor volte a comprar.

O foco da ASPACER – Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento é apoiar parcerias para o desenvolvimento do mercado. A Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoções e Exportações e Investimentos) realiza o projeto setorial Ceramics of Brasil, com o foco nas exportações.

David Barioni Neto, presidente da entidade, este ano assinou protocolo ratificando o Convênio de Cooperação Técnica no valor de R$ 24 milhões no biênio 2016/2017, com objetivo de alavancar ações de capacitação, pesquisa de mercado, participação em eventos internacionais, missões empresariais, material promocional, fortalecimento da marca brasileira de produtos, entre outras iniciativas. A expectativa, segundo a Agência, é alavancar as exportações entre 12% e 15% já em 2016, pois 98% das empresas que participam do projeto comercializam seus produtos para outros países.

Os resultados recentes do projeto permitem reforçar essa estimativa. Em 2014, as 75 empresas apoiadas pelo Ceramics of Brasil exportaram US$ 250,2 milhões, um valor 7,9% superior a 2013. Já em 2015, o valor alcançado foi 7,6% superior a 2014, superando a cifra de US$ 269 milhões, quando as empresas integrantes do projeto foram responsáveis por 93,7% das exportações nacionais do setor.

O polo cerâmico de Santa Gertrudes, através da produção de via seca, representa 70% da produção nacional de revestimentos cerâmicos e além de ser uma referência, recentemente ingressou na produção do porcelanato, consequentemente aumentando as vantagens competitivas para o Brasil. “Essa transformação do setor, seja incrementando o processo via seca, seja investindo em produtos via úmida, é uma tendência e vejo como muito positiva. Como fazemos a promoção dos produtos já industrializados, para nós, sem dúvida, é um ganho nos quesitos diversidade e qualidade, como maiores atrativos para os compradores internacionais”, afirma Barioni Neto.

A região contribui com mais de 30% de US$ 320 milhões, que é o que hoje representa a exportação de todo o setor cerâmico de revestimento. É peso importante na balança comercial brasileira, e por isso é o local onde o segmento se destaca muito pela inovação, pesquisa, desenvolvimento, novos produtos, novos designs, novas tendências, então com certeza é um setor de ponta.

Produtos como o porcelanato e a sofisticação dos revestimentos de base vermelha, com novos formatos e estilos diferenciados, são muito visados pelos compradores externos. Miguel Angel Bonet, gerente da Cerasan, distribuidora de revestimentos, situada em Castellon, Espanha, investe na importação brasileira de 100% de seus produtos, pois segundo ele, atendem a demanda de seus compradores do mercado europeu. “O mercado brasileiro cerâmico está diversificando sua produção, investindo em novos formatos e desenhos, por isso ser parceiro desse mercado é um investimento promissor”, destaca. Além da Europa, África, Oriente Médio e Caribe são compradores da distribuidora.

                                                                                                                                                        G1.globo.com, 24/10/16



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