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Centro Tecnológico defende ciclos de inovação mais curtos na cerâmica e vidro


O diretor-geral do Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV), sediado em Coimbra, defendeu hoje que a indústria do setor devia fazer um esforço para encurtar os ciclos de inovação tecnológica, que considera serem demasiado longos.

"É um setor com tradição, mas que mantém processos tecnológicos demasiado longos. Devíamos estabelecer um plano que encurtasse os ciclos tecnológicos, de forma a acrescentar mais valor", disse Paulo Ventura, no lançamento do seminário "Desafios Energéticos para os Setores da Cerâmica e Vidro", que se realiza na quinta-feira em Coimbra.

Segundo o responsável, o facto de se tratar de um setor "com tradição e com pouca abertura para, em conjunto, encontrar soluções com benefícios para todos" poderá explicar a inexistência de saltos tecnológicos mais curtos.

Salientando que o CTCV é um parceiro para ajudar a "acrescentar valor", Paulo Ventura considera que ainda "há muito trabalho a ser feito" no setor para que a competitividade aumente.

"A indústria queixa-se do custo da energia em Portugal comparativamente a outros países, o que nos faz perder competitividade", disse o diretor-geral, referindo, no entanto, que o setor está "muito otimista quanto aos próximos tempos".

As empresas das áreas da cerâmica e do vidro são "consumidores intensivos" de energia, pelo que este é um dos fatores que, segundo Paulo Ventura, "mais influencia a perda de competitividade".

"O peso dos custos energéticos chega a ser superior aos custos com pessoal, o que tem implicações na capacidade competitiva destes setores. Para contornar esta situação são necessárias novas abordagens, seja por via do desenvolvimento de novos produtos, adoção de novas tecnologias de produção e funcionamento ou pela otimização de processos".

Para abordar este e outros temas, a CTCV e a Associação Portuguesa promovem na quinta-feira, em Coimbra, nas instalações do Business Center, o seminário "Desafios Energéticos para os Setores da Cerâmica e Vidro", com a presença do secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.

A iniciativa pretende trazer para a discussão a problemática da energia e a apresentação de um conjunto de instrumentos de apoio que podem ajudar as empresas a reduzir custos e a aumentar a eficiência energética.

No seminário, em que também participam a Confederação Empresarial de Portugal, a Direção Geral da Energia e Geologia e a Agência para a Energia, serão ainda apresentadas as medidas de apoio do Fundo de Eficiência Energética (FEE) e do programa Grow With Energy.

 

                                                                                                                                                                                                              RTP notícias, 13/05/15



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