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Grupo Saint-Gobain mantém programa de investimentos


A Saint-Gobain mantém sua estimativa de crescer 7% em faturamento em reais, no consolidado dos seus negócios do Brasil, neste ano, apesar da piora da economia. "Vamos fazer um esforço para que o crescimento seja até um pouco melhor. Temos uma variedade grande de negócios, uma parcela em dificuldade pode ser compensada pelas outras", afirma o presidente da Saint-Gobain para Brasil, Argentina e Chile, Thierry Fournier. O grupo busca ser "flexível" diante do atual cenário, segundo o executivo. "O problema é a incerteza que temos pela frente", diz Fournier.

Para o presidente global do grupo, Pierre-André de Chalendar, ajustes precisam ser feitos rapidamente, "ainda que a atual complexidade do ambiente político não ajude". "Se isso não for feito, a situação vai, provavelmente, se deteriorar mais", diz o executivo, que visita o país todos os anos e hoje está no Brasil para a inauguração da exposição "Sensações do Futuro".

Segundo Chalendar, o grupo sempre considerou o desenvolvimento no Brasil em uma perspectiva de longo prazo. "Não há razão para mudarmos nossa postura agora. Buscamos crescimento no país, e o potencial para isso é imenso", diz Chalendar. O presidente global da Saint-Gobain ressalta que o Brasil é um dos países com média de crescimento mais elevada nos negócios do grupo nos últimos anos.

Em 2015, a expansão esperada para o faturamento da Saint-Gobain se dará por melhora do mix vendido e por aumento de preços. O grupo projeta que, na combinação dos seus negócios locais, os volumes fiquem semelhantes aos do ano passado. Neste início de ano, a Saint-Gobain fez ajustes de preços, para compensar o crescimento dos custos de matérias-primas importadas, como aditivos químicos, e o aumento de despesas com mão de obra e energia elétrica.

"Os custos de energia e mão de obra são fatores que fazem com que a Saint-Gobain aumente sua busca por mais eficiência operacional em cada segmento, incluindo o industrial, a área comercial e a logística", afirma o presidente global. Na avaliação de Chalendar, um dos maiores desafios para o grupo, no Brasil, é a produtividade como elemento de competitividade.

O grupo avalia que há potencial de crescimento no Brasil, no médio e longo prazos, principalmente no setor de construção. "Atualmente, a demanda por materiais de construção para novas obras diminuiu, mas a procura de produtos para reforma "está melhor", segundo Fournier. "Temos soluções que estão crescendo mais do que o mercado, como o dry wall, cujas vendas aumentaram 15% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2014", diz Fournier, responsável pelas operações do grupo no país.

Para o executivo, se o volume de vendas da Saint-Gobain no setor da construção em 2015 mantiver o patamar do ano passado, "será um bom desempenho". No Brasil, o grupo atua na produção de materiais de construção pela Brasilit (telhas de fibrocimento e caixas d'água), Weber (rejuntamentos e argamassas com a marca Quartzolit), Placo do Brasil (drywall), Pam (tubos, conexões e válvulas), Isover (soluções de isolação termoacústica e em lã de vidro) e Cebrace (vidro plano).

No varejo de materiais, em que a Saint-Gobain atua por meio da Telhanorte, a projeção é ter desempenho superior ao de 2014, segundo Fournier. A expectativa é positiva também em relação às vendas de embalagens de vidro, produzidas com a marca Verallia.

Já os mercados da indústria automotiva e de óleo e gás são citados como "difíceis" pelo representante da Saint-Gobain. A empresa produz vidro automotivo pela Sekurit e, para o segmento de óleo e gás, fornece abrasivos e produtos de construção.

A projeção de investimentos de R$ 550 milhões em 2015 está mantida. O valor supera em 10% os R$ 500 milhões de 2014. O grupo, que investe R$ 2,5 bilhões a cada cinco anos no Brasil, reduziu previsão de desembolsos para 2015 apenas na Weber. "Investimos muito em fábricas da Weber nos últimos anos", diz Fournier. Uma nova linha foi inaugurada em Abreu e Lima (PE) neste ano. Há previsão de abrir três ou quatro novas lojas da Telhanorte.

Fonte: Valor Econômico, 30/03/2015

 

 



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