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Guardian espera faturar no país o mesmo valor de 2014


Apesar da esperada queda do volume de vendas de vidros para este ano, a Guardian vai buscar manter o faturamento de R$ 600 milhões obtido em 2014. A Guardian fornece vidros a clientes que transformam o produto para ser utilizado pela construção civil - fachadas e interiores -, indústria automotiva e linha branca. O faturamento do ano passado superou em 9% o de 2013.

A construção respondeu por 70% do faturamento Guardian em 2014. O consumo de vidro pelo chamado segmento de arquitetura comercial, ou seja, para fachadas de edifícios, ficou com a fatia de 40% do total. Cerca de 30% do faturamento da empresa resultou da venda de vidros destinados a interiores, incluindo móveis e itens como boxes de banheiro.

Segundo o diretor-executivo da Guardian no Brasil, Eduardo Borri, a empresa sentiu redução dos pedidos de especificações de vidros no fim de 2014. É inevitável, de acordo com o executivo, a queda de vendas para fachadas de edifícios em 2015, devido à retração de lançamentos imobiliários nos últimos anos. Para compensar essa queda, a Guardian buscará elevar as vendas de vidros para interiores, por meio do ganho de mercado de outros materiais, como nas portas.

A busca de manutenção do faturamento se dará também pela mudança do mix vendido, com aumento da participação, por exemplo, de vidros de alto desempenho. A empresa aposta também na substituição de produtos como vidro comum por vidro com controle solar.

No ano passado, a Guardian investiu R$ 40 milhões em nova linha de espelhos em Tatuí (SP). A empresa também lançou três novos produtos para fachadas. As duas fábricas - a de Tatuí e a de Porto Real (RJ) são flexíveis, com possibilidade de alteração do vidro oferecido.

A indústria automotiva responde por 20% do faturamento da Guardian, e a linha branca fica com os 10% restantes. Embora não haja perspectiva de retomada do setor automotivo neste ano, a demanda por vidros para reposição e por blindados tem crescido, de acordo com Borri. A produção de vidros de segurança é terceirizada.

Em relação ao fornecimento de vidros para a linha branca, a expectativa é de estabilidade, segundo o executivo.

Neste ano, a Guardian fez reajuste médio de preços de 8%, com o objetivo de compensar, parcialmente, a alta de custos. Em 2014, a média da elevação de preços foi de 7%. De acordo com o diretor-executivo, as margens estão mais pressionadas por conta dos custos mais elevados de gás natural e energia elétrica.

A Guardian não tem investimentos em novos ativos programados para este ano, mas apenas aportes programados para manutenção e treinamento. "Faremos investimentos em novos ativos somente em 2016 ou 2017", diz Borri. A empresa tem 600 funcionários e não prevê redução de seu quadro apesar da piora da economia. "O ano passado e este são dois anos difíceis, mas de aprendizado. Tenho reforçado com a minha equipe a necessidade de descobrir novos caminhos", afirma o executivo.

Se necessário, a Guardian poderá aumentar suas exportações para a Argentina e o Peru para manter seu faturamento. Além das duas fábricas, a Guardian, cuja origem é americana, tem, no Brasil, centro de distribuição em Fortaleza e escritório em São Paulo.

 

Fonte: Valor Econômico, 07/04/2015



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