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Os desafios de Criciúma para os próximos 4 anos


Com o 8º maior produto interno bruto (PIB) de Santa Catarina, o município de Criciúma, no Sul do estado, vê o setor cerâmico se diversificar para sobreviver. Foi o que mostrou a última reportagem da série "Vocações", exibida pelo RBS Notícias nesta quarta (7), que falou do potencial e dos desafios de sete cidades catarinenses para os próximos quatro anos.

Indústria cerâmica

Juntas, as nove empresas de cerâmica do Sul do estado movimentam 12% do PIB da região, com faturamento total de R$ 1,3 bilhão por ano, o que torna a região um dos mais importantes polos cerâmicos do país.

Mas o setor passou por uma renovação para sobreviver à dependência das exportações. No auge, nos anos 2000, cerca de 20% do que era produzido era vendido para o exterior.

Com a valorização do real, esse número caiu para 5%. Com isso, a indústria passou a investir em inovação e produtos diferenciado.

Em Cocal de Sul, na região, uma indústria passou por uma grande modernização. Foram investidos cerca de R$ 60 milhões no desenvolvimento de novos projetos e na compra de máquinas capazes de produzir peças em grandes tamanhos ou decorar de forma digital.

"Os investimentos que vêm sendo feitos são no sentido de buscar o aprimoramento do produto, no desenvolvimento e não mais somente na expansão das quantidades produzidas. Esses investimentos têm dado resultado no sentido de ganharmos em valor agregado em cima de desenvolvimento dos novos produtos", afirma Ênio Coan, diretor técnico do Sindiceram.

"Temos empresas na nossa região que nos últimos anos não aumentou um metro quadrado da sua produção, mas dobrou o seu faturamento por conta da apresentação do seu produto", diz Smielevski, da Acic.

Efeitos da crise

Mesmo diante de um cenário tão promissor, a cerâmica do sul do estado também sentiu os efeitos da instabilidade da economia dos últimos anos. As vendas para o mercado interno encolheram 15% no ano passado. O impacto só não foi maior porque, pouco a pouco, as empresas voltam a conquistar o mercado internacional.

"A visão é a exportação. Ampliar os mercados através do ganho de competitividade para buscar mercados alternativos. Isso a política de câmbio brasileira favorece então é possível que tenhamos aumento de índices de ganho", ressalta Coan, do Sindiceram.

Hoje, 15% do que é produzido na região vai para o exterior. A meta é alcançar 20%. Mas para isso vai ser preciso enfrentar barreiras como custo no fornecimento de energia e transporte.

"O transporte rodoviário e os custos portuários são muito elevados. A carga tributária também. Isso são fatores que inibem o crescimento das exportações", diz Müller.

Diversificação

A cidade também vê a economia carbonífera dar espaço a atividades diversificadas. Da indústria têxtil, que vem se tornando referência, ao plástico que embala uma variedade de produtos, o perfil tem se modificado.

Para César Smielevski, presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), a economia de Criciúma vive um momento de dinamismo. "Temos hoje nove escolas de ensino superior com boa capacidade de geração de mão de obra. A nossa cidade está se modificando e gerando empresas de cunho tecnológico.

                                                                                                                                                                G1.com, 07/09/16

 



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