Polo de Santa Gertrudes (SP) produz 30% da cerâmica do país vendida para o exterior. De janeiro a julho deste ano, as exportações cresceram 15% em relação ao mesmo período de 2015. Nos primeiro trimestre deste ano, a cidade movimentou pouco mais de R$ 26 milhões no setor.

Segundo a Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer), essa foi a forma encontrada pelas empresas para fugir da queda nas vendas internas. “Isso fez com que as exportações saíssem do patamar de aproximadamente 7% das nossas vendas totais, para aproximadamente 10%. Mas, infelizmente, as nossas vendas diminuíram no mercado interno cerca de 20%. Esse aumento da exportação somente minimizou esse impacto em função da queda no mercado interno”, avaliou Benjamin Ferreira Neto, presidente da Aspacer.

 

Produção 

Fazem parte do polo ceramista Rio Claro, Cordeirópolis, Ipeúna, Limeira, Piracicaba, além da própria Santa Gertrudes. Em uma das empresas da cidade, são produzidos por mês 2,5 milhões de metros quadrados de cerâmica.

Os produtos mais exportados são piso, azulejos e porcelanato. Somente no mês de julho, as exportações aumentaram 95% em relação ao mesmo período de 2015.

“Devido à crise que o Brasil está enfrentando, as empresas resolveram focar de fato nas exportações e, apesar da instabilidade do dólar, hoje o mercado tem se mostrado muito atrativo”, explicou Tamires Kaiser, gerente de exportações.

Satisfeita com o sucesso fora do país em países das América do Sul e Central, a empresa já planeja entrar forte no mercado dos Estados Unidos. “Estamos com um projeto para o próximo ano de participar de uma feira que está ocorrendo Orlando. Isso pode mostrar cada vez mais a qualidade, os designers e o diferencial do nosso produto lá fora”, disse Kaiser.

                                                                                                                                                          G1.globo, 31/08/16