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Usiminas fará investimento bilionário nos próximos 3 anos


Depois da montadora Fiat, agora é a vez da Usiminas anunciar um novo investimento bilionário para Minas Gerais. Até 2022, a siderúrgica vai investir R$ 1,234 bilhão na reforma do alto-forno 3, na usina de Ipatinga, no Vale do Rio Doce. Desse total, R$ 1,147 bilhão serão aportados a partir do ano que vem. A estrutura só será totalmente paralisada para obras a partir de 2021, mas já está recebendo recursos para melhorias. Só para 2019, a previsão gira em torno dos R$ 70 milhões.

De acordo com comunicado publicado nesta segunda-feira (27) pela empresa, os recursos serão destinados a aquisição e montagem de equipamentos e serviços. Após a reforma total, a capacidade anual do alto-forno 3 passará de 2,35 milhões de toneladas de ferro-gusa para 2,9 milhões de toneladas. Ao todo, a unidade de Ipatinga possui três altos-fornos que, juntos, produzem 4,3 milhões de toneladas de ferro-gusa.

A Usiminas também vai investir mais R$ 143,9 milhões, até 2021, na construção de um novo gasômetro em Ipatinga, para substituir a estrutura que explodiu em meados do ano passado. O novo gasômetro terá capacidade de 150 mil m³ e armazenará gases de aciaria (LDG) e de alto-forno (BFG). No total, serão R$ 1,38 bilhão.

Retomada

Os investimentos marcam uma nova fase da Usiminas. Durante os últimos três anos, a siderúrgica mineira manteve os gastos baixos. Investiu R$ 220 milhões em 2016, outros R$ 220 milhões em 2017, e cerca de R$ 500 milhões no ano passado.

Para 2019, já havia anunciado R$ 1 bilhão, valor que está em curso, sendo 70% para a área de siderurgia. Além da reforma do alto-forno 3, que neste ano deve consumir de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões, a Usiminas vai investir cerca de R$ 640 milhões em dezenas de projetos de melhorias dos equipamentos, eliminação de obsolescências, segurança e meio ambiente.

O segmento da mineração também será reforçado. O setor vai receber R$ 200 milhões só neste ano. O volume de produção permanecerá o mesmo, na faixa de 8 milhões de toneladas por ano. O foco será na expansão de tecnologia e segurança.

Relembre

Em abril de 2018, a Usiminas religou o alto-forno 1, que ficou parado por 34 meses devido à retração do mercado de aço. Na época, aproximadamente 120 empregos diretos foram gerados. Agora não há previsão de contratações, o que deve acontecer em maior peso apenas quando as obras da reforma do alto-forno 3 estiverem a pleno vapor.

O caminho para a retomada está em curso, mas a siderúrgica ainda não recuperou seus bons tempos. No primeiro trimestre deste ano, reportou lucro líquido de R$ 76 milhões, 51,6% menor que no mesmo período do ano passado. Nos últimos três meses de 2018, o lucro havia sido de R$ 401 milhões.

SPW via O Tempo, (28/05/2019)



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